segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O que somente eu posso fazer


Assim como a foto ao lado, percebemos que a criança quando quer dar seus primeiros passos ela confia que terá segurança quando o pai ou a mãe pegam nos seus bracinhos, mas quando se afastam para que ela venha sozinha isso requer dessa criança muita concentração até o abraço da chegada.
Se a criança desconcentrar por qualquer motivo ela ira cair, lembrando que essa criança já se adequou a forçar as pernas e agora é somente concentrar em andar.
Agora em outro exemplo: imagine que estejas em uma corda bamba, é preciso atravessar de uma ponta a outra, é preciso concentrar-se muito para que não caia, e na metade do caminho houve um desequilíbrio, e nisso a queda.
Podemos analisar no primeiro exemplo que quando a criança cai, houve uma interferência por condições diversas que fez com que ela caísse, claro isso fica muito complexo de analisar, mas na corda bamba o fator desequilíbrio coloca a quem esteja em cima à queda.
Mateus 14:22-33 mostra a passagem de Jesus andando sobre as águas.
Quero dar referência em 4 aspectos:
1- Ausência de Jesus: o mestre se ausenta por um período de tempo dos discípulos e do barco onde estava.
2- O barco: um vento contra, coloca o barco em alto mar, forças contrarias outra vez ao mar coloca os discípulos em perigo.
3- Pedro: sai do barco para ir ao encontro de Jesus
4- Pedro: afunda e Jesus o salva

Analisando esses aspectos, vemos que assim como no exemplo do bebê andando e da corda bamba, os passos que damos competem exclusivamente a nós mesmos, saber andar, e equilibrar na corda bamba é uma função de esforço individual.
Jesus se ausentou por uns momentos e vemos que alguma condição de sua saída possibilitou uma forte influência de seus discípulos perceberem alguns passos a ser dado.
Claro que a saída de Jesus e os discípulos tendo que se virarem sozinhos, assim como a criança que já não tem os pais a segurando, trazem certo desconforto.
A força contrária ao que estamos acostumados nos possibilita a sentir influências como o medo, a falta de segurança, e quando Jesus aparece andando sobre o mar e chama Pedro a sair do barco, é o chamado a sair do que já estava acostumado, a ter segurança dentro do barco, e em hipótese alguma pensou que saindo do barco ele poderia estar mais seguro e obtendo mais confiança em Jesus em meio a qualquer condição. O pai ou a mãe quando chama a criança é justamente para que ela saiba que o abraço sempre vai estar com elas para a segurança, mas é preciso que a criança também saiba que andar é um esforço que o pai ou mãe não poderá fazer isso por ela.
Na vida sempre teremos condições adversas, que trará um desconforto emocional, a desconfiança e o sentimento de perigo sempre estará presente. Pedro poderia muito bem ter saído do mar revolto crendo antes mesmo que Jesus aparece-se, ele poderia ter andado sobre as águas crendo já antes em tudo que Jesus falara, mais infelizmente assim como ele nós duvidamos de crer, que Jesus já nos deu autoridade, mas por vezes não a colocamos em prática, condições que acontece nos coloca a afundarmos e nos desesperarmos.
Jesus sabe de nossas limitações, assim como pais sabem que seus bebes precisaram de acompanhamento nos primeiros passos.
Jesus sabe de todos os sentimentos, de medo, desconfiança, que carregamos como bloqueios, mas ele nos ajuda e em meio a qualquer dificuldade, ele quer nos fazer crescer e que tenhamos fé nele apesar de não nos privar de condições desconfortantes.
A identidade de filho é saber que em meus passos entre tropeços, medos, desconfianças, perigos, bloqueios sempre terei o abraço seguro do Pai.

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